09 de junho de 2021
É comum que as pessoas apresentem resistência às mudanças em geral, e no ambiente empresarial não seria diferente. A resistência à novos hábitos ou ideias é uma tendência natural do ser humano. Porém, existe um conceito que explica o comportamento dos indivíduos diante da inovação, sendo utilizado para o mercado em geral e para o ambiente organizacional.
A lei da difusão da inovação proposta por Everett Rogers, se trata de uma explicação referente ao modo que os produtos inovadores são inseridos no mercado e aceitos pelos consumidores. Esse mesmo conceito pode ser aplicado a programas que geram a transformação de organizações, como por exemplo, programas de melhoria contínua.
A teoria da lei da difusão divide os clientes em perfis distintos, sendo que quando os produtos são lançados passam por estágios ligados à aceitação de cada uma das categorias de clientes. Os perfis de clientes são divididos em 5 categorias: inovadores, primeiros adeptos, maioria inicial, maioria tardia e retardatários. Na prática, Rogers definiu o comportamento dos clientes como uma curva de adesão. Esta curva pode ser vista em um gráfico de distribuição populacional que representa a implementação de uma nova cultura, programa ou conceito. Nesta curva estão alocados os 5 perfis mencionados anteriormente, podendo ser vista abaixo:
Inovadores
Compondo 2,5% da curva, estas são as pessoas que gostam da inovação e muitas vezes estão envolvidas em sua criação. Na aplicação de um novo programa de melhoria contínua, são as pessoas que aderem instantaneamente ou até mesmo o criam.
Primeiros adeptos
Compondo 13,5% da curva, são as pessoas que se importam com a inovação. Em caso de aplicação de um programa de melhoria contínua, são os primeiros a dar novas ideias, querer participar de projetos e se engajar com os treinamentos. No geral, são responsáveis por influenciar os próximos adeptos.
Maioria inicial
Compondo 34% da curva, estes consumidores são mais tradicionais. Normalmente dependem da aprovação dos clientes definidos como primeiros adeptos para aderir ao novo produto ou conceito. Apesar da demora na adoção, estes clientes ainda não são considerados contrários a inovação, apenas precisam de uma validação prévia. Essas pessoas são as que aderem ao programa após perceberem que outros funcionários já aderiram e estão satisfeitos com as mudanças.
Maioria tardia
Compondo 34% da população, estes consumidores podem ser considerados parcialmente contrários a inovação. Essa conclusão se deve ao fato destes clientes optarem pelo tradicional e aderirem à inovação somente quando ela se torna realmente usual e tem o caminho facilitado. Estes são os funcionários que só aderem a um programa de melhoria contínua depois que a prática se torna mais comum e bem conhecida.
Retardatários
Compondo os 16% restantes da curva, estes clientes são totalmente contrários às inovações. Quando não há nenhuma alternativa, finalmente estes usuários aderem a um novo produto. No ambiente organizacional, estas pessoas só aderem ao programa quando não há nenhuma outra saída e não podem continuar operando do modo usual.
Considerando a população como um todo, um ponto importante no processo de implementação de uma inovação ou programa no ambiente organizacional é o foco nos inovadores e nos primeiros adeptos. Estes colaboradores se tornam, consequentemente, uma rede de influência que tende a atingir o restante da população. Segundo um estudo, as mudanças ganham tração após ganhar o apoio de pelo menos 15% da população, o que é garantido se os inovadores e primeiros adeptos compram a ideia.
Por fim, é de grande importância que a aplicação de métodos de incentivo aos funcionários que aderem às inovações/programas prontamente seja comum na organização. Desta forma, a identificação e valorização das pessoas são reforçadas, fazendo com que o número de adeptos às mudanças seja cada vez maior.
Se quiser saber um pouco mais sobre o tema, veja o nosso vídeo no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=xRTD1wCMmEg
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